
sexta-feira, junho 30, 2006
Grande Amália

quinta-feira, junho 29, 2006
quarta-feira, junho 28, 2006
Cocaína
Só o vício me traz
Cabisbaixa me faz
Reduz-me a pequenina
Quando não tenho à mão
A forte cocaína.
Quando junto de mim
Ingerida em porção
Sinto só sensação
Alivia-me as dores
Neste meu coração.
Ai, ai és a gota orvalina
Só tu és minha vida
Só tu ó cocaína.
Ai, ai mas que amor purpurina
É o vício arrogante
De tomar cocaína.
Sinto tal comoção
Que não sei explicar
A minha sensação
Louca chego a ficar
Quando a sinto faltar.
Esse sal ruidoso
Que a mim só traz gozo
Somente de olhar
E para esquecer
Eu começo a beber.
Quando estou cabisbaixa
Chorando sentida
Meio entristecida
É que o vício da vida
Torna a alma perdida.
Louca hás de voltar
Vendo-me estrangular
Para o vício afogar
Neste toque fugaz
Que me há de findar.
terça-feira, junho 27, 2006
Lady Di

“Em 1987, quando muitos acreditavam que a SIDA poderia ser contraída através do toque, a Princesa Diana sentou-se numa cama onde se deitava um doente e segurou na sua mão. Ela mostrou assim ao mundo que as pessoas com SIDA não mereciam o isolamento, mas sim compaixão. Isso ajudou a mudar a opinião do mundo, ajudou as pessoas com SIDA, e também ajudou a salvar as pessoas em risco.”
(presidente americano Bill Clinton – 2001)
segunda-feira, junho 26, 2006
Existencialismo ateu

"Quando concebemos um Deus criador, esse Deus identificamos quase sempre como um artífice superior; e qualquer que seja a doutrina que consideremos, trate-se duma doutrina como a de Descartes ou a de Leibniz, admitimos sempre que a vontade segue mais ou menos a inteligência ou pelo menos a acompanha, e que Deus, quando cria, sabe perfeitamente o que cria.
Assim, o conceito do homem, no espírito de Deus, é assimilável ao conceito de um corta-papel no espírito do industrial; e Deus produz o homem segundo técnicas e uma concepção, exactamente como o artífice fabrica um corta-papel segundo uma definição e uma técnica. Assim, o homem individual realiza um certo conceito que está na inteligência divina.
No século XVIII, para o ateísmo dos filósofos, suprime-se a noção de Deus, mas não a ideia de que a essência precede a existência. Tal ideia encontramo-la nós um pouco em todo o lado: encontramo-la em Diderot, em Voltaire e até mesmo num Kant. O homem possui uma natureza humana; esta natureza, que é o conceito humano, encontra-se em todos os homens, o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal - o homem; para Kant resulta de universalidade que o homem da selva, o homem primitivo, como o burguês, estão adstritos à mesma definição e possuem as mesmas qualidades de base. Assim, pois, ainda aí, a essência do homem precede essa existência histórica que encontramos na natureza. (...)
O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Declara ele que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana.
Que significará aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para a conceber.
O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. Tal é o primeiro princípio do existencialismo. É também a isso que se chama a subjectividade, e o que nos censuram sob este mesmo nome. Mas que queremos dizer nós com isso, senão que o homem tem uma dignidade maior do que uma pedra ou uma mesa? Porque o que nós queremos dizer é que o homem primeiro existe, ou seja, que o homem, antes de mais nada, é o que se lança para um futuro, e o que é consciente de se projectar no futuro. (...)
Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência. E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os homens."
Jean-Paul Sartre
domingo, junho 25, 2006
E vão onze…

A Selecção Portuguesa conquista assim a quarta vitória nesta Copa 2006 ao jogar com a Holanda e ter obtido o resultado de 1 a 0, sendo Maniche o titular.
Ao grande Ricardo, o guardião da baliza portuguesa, só me apetece dar-lhe beijinhos pela testa acima.
Se o levarem fico triste

Ricardo, o único jogador que está na Alemanha em representação do Sporting, vê a cotação subir, devido às boas exibições realizadas nos três jogos já disputados até ao momento diante de Angola, Irão e México.
Extraído de www.record.pt
sábado, junho 24, 2006
Esbanjamentos

Bruxelas é onde se realizam os plenários preparatórios e Estrasburgo é onde se realiza mensalmente o plenário final.
Tudo isto porque, entre outras idiotices, a França não abdica de continuar a acolher pelo menos um dos principais órgãos da UE.
Perante esta constatação apenas me ocorre dizer:
sexta-feira, junho 23, 2006
Heróis de sempre

“Aristides Sousa Mendes recusou seguir as ordens do seu governo (o regime de Salazar) e concedeu vistos a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940, ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial. Aristides salvou dezenas de milhares de pessoas do Holocausto. Cerca de 30 000 vistos foram emitidos pelo cônsul Sousa Mendes, dos quais 10 000 a refugiados de confissão judaica.
Aristides de Sousa Mendes que viveu entre 19 de Julho de 1885 e 3 de Abril de 1954 foi um diplomata português. Nasceu em Cabanas de Viriato, no distrito de Viseu. Oriundo de família aristocrática católica, conservadora e monárquica, instala-se em Lisboa em 1907 após a Licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra. Opta então pela carreira diplomática ocupando assim cargos inerentes em diversas delegações consulares portuguesas pelo mundo fora: Zanzibar, Brasil, Estados Unidos da América.
Em 1929 é nomeado Cônsul Geral em Antuérpia, cargo que ocupa até 1938. O seu empenho na promoção da imagem de Portugal não passa despercebido. É condecorado por duas vezes por Leopoldo III, rei da Bélgica, tendo-o feito oficial da Ordem de Leopoldo e comendador da Ordem da Coroa, a mais alta condecoração belga. Depois de cerca de10 anos de serviço na Bélgica, Salazar, presidente do Conselho e ministro dos negócios estrangeiros, nomeia Sousa Mendes cônsul em Bordéus, França.
Quando a Segunda Guerra Mundial teve início e as tropas de Hitler avançaram sobre a França, Aristides de Sousa Mendes era ainda cônsul de Bordéus. Embora Salazar tenha declarado neutralidade de Portugal, ordenou aos cônsules portugueses espalhados pelo mundo que recusassem passar vistos de entrada em Portugal a "estrangeiros de nacionalidade indefinida, contestada ou em litígio; os apátridas; os Judeus, quer tenham sido expulsos do seu país de origem ou do país de onde são cidadãos".
Em 1940 muitos dos refugiados que fogem do avanço Nazi afluem ao consulado português desejando obter um viso de entrada em Portugal. É em Junho desse ano que Aristides decide entregar visto a todos os refugiados que o solicitem: "A partir de agora, eu darei vistos a toda a gente, já não há nacionalidades, raça ou religião".
Sousa Mendes guiou com a sua viatura uma coluna de veículos de refugiados em direcção à fronteira com a França. O feito impressionou de tal forma os guardas aduaneiros que acabaram por deixar passar todos os refugiados que desse modo continuaram a sua viagem com destino a Portugal.
Confrontado com os primeiros avisos de Lisboa, ele terá dito: "se há que desobedecer, prefiro que o seja a uma ordem dos homens do que a uma ordem de Deus".
Salazar tomou então medidas contra o cônsul Aristides o qual continuou a sua actividade de 20 a 23 de Junho em Bayonne, no escritório de um vice-cônsul estupefacto, e mesmo na presença de dois outros funcionários de Salazar. A 22 de Junho de 1940, a França pediu um armistício à Alemanha Nazi. Mesmo a caminho de Hendaye, Aristides continua a emitir visos para os refugiados que cruzam com ele a caminho da fronteira, uma vez que a 23 de Junho, Salazar demitira-o de suas funções de cônsul.
A 8 de Julho de 1940, Aristides encontra-se regressado a Portugal. Será punido pelo governo de Salazar: ele priva Sousa Mendes, pai de uma família numerosa, do seu emprego diplomático por um ano, diminui em metade o seu salário, antes de o enviar para a reforma. Para além disso, Sousa Mendes perde o direito de exercer a profissão de advogado. A sua licença de condução, emitida no estrangeiro, é-lhe retirada.
O cônsul demitido e sua família sobrevivem graças à solidariedade da comunidade judaica de Lisboa, que facilitou a alguns dos seus filhos os estudos nos Estados Unidos. Dois dos seus filhos participaram no Desembarque da Normandia.
Ele frequentou, juntamente com os seus familiares a cantina da assistência judaica internacional, onde fez impressão pelas suas ricas vestimentas e sua presença. Certo dia, teve de confirmar: "Nós também, nós somos refugiados".
Em 1945, Salazar felicitou-se por Portugal ter ajudados os refugiados, recusou-se no entanto a reintegrar Sousa Mendes no corpo diplomático.
A sua miséria será ainda maior: venda dos bens, morte de sua esposa em 1948, emigração dos seus filhos, com uma excepção.
Aristides de Sousa Mendes faleceu muito pobre a 3 de Abril de 1954 no hospital dos franciscanos em Lisboa. Não possuindo um fato próprio, foi enterrado numa túnica de franciscanos.”
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
quinta-feira, junho 22, 2006
quarta-feira, junho 21, 2006
Prestígio

Os homens de Scolari fecharam a primeira fase do campeonato mundial de futebol 2006 só com vitórias. – 3 Jogos, 3 Vitórias o que correspondeu a 9 pontos, ficando assim a Selecção de Portugal colocada no primeiro lugar do grupo D.
Infelizmente razões inadiáveis que se prendem com a minha profissão não me permitiram ver o jogo. Enfim… Não sou deputado da nação…!
Não vi mas fiquei a saber por aquilo que ouvi, que o jogo se saldou por um resultado de 2 a 1 a favor da Selecção Portuguesa e que a sua exibição, que não foi no seu todo um primor, acabou por nos presentear uma vitória confortável e prestigiante.
À equipa portuguesa e à elevada qualidade técnica de Scolari, o grande general, um forte aplauso.
O documento

"Escuta, Zé Ninguém!" não é um documento científico mas humano
(Trecho do livro de Wilhelm Reich com o título Escuta, Zé Ninguém)
"… Os teus libertadores garantem-te que os teus opressores se chamam Guilherme, Nicolau, papa Gregório XXVIII, Morgan, Krupp e Ford. E que os teus libertadores se chamam Mussolini, Napoleão, Hitler e Stalin.
Mas eu afirmo: Só tu podes libertar-te."
"Esta frase faz-me, porém, vacilar. Intitulo-me paladino da pureza e da verdade, mas agora que se trata de te dizer a verdade, hesito, temendo a tua atitude em relação à verdade. A verdade é um perigo para a vida quando é a ti que diz respeito.
A verdade é a salvação mas não há população que não se lance sobre ela para a espoliar, de outro modo não serias o que és nem estarias onde estás.
Intelectualmente, sei que devo dizer a verdade a todo o custo. Mas o Zé Ninguém que se alberga em Mim adverte-me: estúpido, exporas-te, entregaras-te, ao Zé Ninguém. O Zé Ninguém não está interessado em ouvir a verdade acerca de si próprio. Não deseja assumir a grande responsabilidade que lhe cabe, quer queira quer não. Quer permanecer o que é ou, quando muito, tornar-se num desses grandes homens medíocres – ser rico, chefe de um partido, da Associação dos Veteranos de Guerra ou secretário da Sociedade de Promoção da Moral Pública. Mas assumir a responsabilidade do seu trabalho, alimentação, alojamento, Transportes, educação, investigação, administração pública, exploração mineira, isso nunca.
E o Zé Ninguém que se aloja dentro de mim acrescenta: «És agora um grande homem, conhecido na Alemanha, Áustria, Escandinávia, Inglaterra, América, Palestina. Os comunistas atacam-te. Os ‘defensores dos valores culturais’ odeiam-te. Os teus alunos estimam-te. Os doentes que curaste admiram-te. Os que sofrem da peste emocional perseguem-te. Escreveste 12 livros e 150 artigos sobre as misérias da existência, sobre o sofrimento do homem comum. As tuas ideias são ensinadas nas Universidades; outros grandes homens igualmente solitários confirmam o teu prestígio e põem-te entre os maiores intelectos da história da ciência. Fizeste uma das maiores descobertas científicas desde há muitos séculos, a da energia cósmica da vida e suas leis. Tornaste o cancro um fenómeno compreensível. Por tudo isto, andaste de pais em pais por dizeres a verdade. Descansa agora. Goza os frutos do teu êxito, do teu prestígio. Em poucos anos o teu nome será conhecido por todos. O que fizeste já basta. Recolhe-te agora ao repouso, ao estudo da lei funcional da natureza».
Esta é a conversa do Zé Ninguém dentro de mim e que te teme a ti, Zé Ninguém."
terça-feira, junho 20, 2006
"é preciso que alguma coisa mude..."
O texto que a seguir publico foi-me remetido por E-mail por um amigo, faz lembrar daqueles E-mail que trazem um aviso para que o mesmo seja enviado para mais dez pessoas senão ficamos sujeitos a que nos aconteça o diabo. – Apenas me faz lembrar, dizia eu, porque apesar deste texto não trazer o tal aviso, quando chegou a mim já tinha passado por cento e setenta e três pessoas o que não deixa de ser significativo. O texto é pobre do ponto de vista literário, no entanto há algo nele que move as pessoas à sua divulgação.
A mim apenas a vontade de gritar…
“Pois claro!
Vamos apoiar a Selecção dos cromos da bola! Vamos apoiar a Galp que nos vende a gasolina como se tivesse comprado o petróleo a 80 dollars quando o comprou a 45! Vamos apoiar a Galp que precisa de pagar aos seus 17 administradores ordenados de 20.000EUR/mês fora o presidente que ganha 75.000/mês! Vamos apoiar os "heróis" que ganham mais quando dão um pontapé na bola do que qualquer um de nós a trabalhar no duro um ano inteiro! Como nenhum dos dez estádios que foram construídos para o outro campeonato da bola servia para os treinos dos rapazes, vamos apoiar a inauguração, hoje mesmo, de mais um, o do Lusitano de Évora, construído de propósito para Suas Excelências treinarem durante quinze dias!!!!!!!!!!!!
Vamos apoiar a negociata dos terrenos do antigo campo Estrela que vai ser urbanizado apesar de no PDM ser zona desportiva! Como precisam de descansar vamos apoiar o facto de estarem instalados em quartos individuais no hotel Convento do Espinheiro (5estrelas-luxo) a 50contos/dia cada um!
Como podemos apoiar?
É simples!
Inscrevemo-nos no cordão humano; recebemos mail promocionais da Galp Todas as semanas; pagamos os combustíveis mais caros da Europa e depois a Galp dá-nos uns pontos que trocamos por prémios da treta, mais caros que na Loja dos Chineses! E vamos ficar todos felizes! Durante dois ou três meses só se vai falar Na Selecção do Scolari, enquanto a Selecção do Sócrates vai inventando Maneiras de nos fazer pagar tudo isto e mais o que falta pagar do Euro2004. E depois das férias, lá para Setembro, antes que alguém repare que a gasolina já está a mais de 2EUR e o gasóleo a 1,5EUR, começa logo outro campeonato da bola para nos dar motivo de conversa e alimentar o Orgulho Nacional!!! E já agora, por favor, não se esqueçam de começar desde já a engalanar Todo o País com a Bandeira dos Pagodes (antigas Quinas) que os operários chineses, coitados, também merecem ganhar a vidinha.........
VIVA A SELECÇÃO!!!!!!!!!”
segunda-feira, junho 19, 2006
Aquém de tempo
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
domingo, junho 18, 2006
Poesias
Não te importas com os homens que dormem comigo;
mas morres de ciúme
dos versos que faço pra eles...
Leila Míccolis
(poetisa brasileira)
sábado, junho 17, 2006
Grande Partida

Portugal - Irão
No segundo jogo de Portugal no Mundial 2006, a equipe liderada por Scolari jogou com segurança e com ataque satisfatório na primeira parte da partida. Primeira parte que se saldou por um resultado de zero a zero, embora tivesse ocorrido muitas jogadas com oportunidade, para Portugal, de chegar ao golo. Nos últimos 15 minutos, os portugueses, permitiram incursões muito perigosas por parte da equipe adversaria, o que significou um aviso sério para a equipe portuguesa. Portugal tentou tudo… Pelos lados... Pelo meio... - Portugal esteve a jogar em todos os campos na primeira parte do jogo.
A segunda parte foi muito bem jogado por Portugal, roçou a excelência. - Lindos golos de Portugal, o de Deco (O Mágico), aos 63 minutos e o de Ronaldo (O Habilidoso), por pênalti, ao minuto 80.
Ricardo, como sempre, demonstrou a sua supremacia. – Só mesmo Scolari, o grande general, para realçar o mérito desse profissional.
Parabéns PORTUGAL pelo belíssimo resultado obtido de 2 a 0.
sexta-feira, junho 16, 2006
Silêncios iníquos
No dia 9 de Novembro de 1938, agentes nazistas à paisana assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração.
A noite dos cristais quebrados marcou o início do Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da II Guerra Mundial.
A Noite dos Cristais (Kristallnacht ou Reichspogromnacht), de 9 para 10 de Novembro de 1938, em toda a Alemanha e Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas comerciais, casas de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos.
Série de proibições aos judeus
Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos de concentração. A razão apresentada pelos nazistas para esta perseguição foi o assassinato do diplomata alemão Ernst von Rath, em Paris, pelo jovem Herschel Grynszpan, de 17 anos, dois dias antes.
A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia começado em Abril de 1933, com a convocação aos cidadãos de boicotarem estabelecimentos judeus. Mais tarde, foram proibidos de frequentar estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.
No Outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus, considerados "inimigos" dos alemães, atingiu outro ponto alto com a chamada "Legislação Racista de Nuremberga". Como o resto do mundo parecesse não levar o genocídio a sério, Hitler via confirmada a sua política de limpeza étnica.
Trajectória para o holocausto já havia sido aberta
O anti-semitismo lentamente avançava sobre a sociedade. Uma lei de 15 de Novembro de 1935 havia proibido os casamentos de judeus com alemães, as relações extraconjugais entre alemães e judeus, que alemães fizessem serviços domésticos para famílias judaicas e que um judeu hasteasse a bandeira nazista.
Ainda em 1938, as crianças judaicas foram expulsas das escolas e foi decretada a expropriação compulsória de todas as lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais dos judeus. Em 1º de Janeiro de 1939, foi adicionado obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens e Sarah para mulheres.
A proporção da brutalidade da Noite dos Cristais havia superado as expectativas. O próprio Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de Assalto), lamentou as grandes perdas materiais daquele 9 de Novembro de 1938, para acrescentar: "Preferia que tivessem assassinado 200 judeus, em vez de destruir tantos objectos de valor!"
Extraído do site DW-WORLD. DE DEUSTSCHE WELLE
quinta-feira, junho 15, 2006
Deus

Deus não tem corpo.
São os narradores bíblicos que o afirmam.
O Deus bíblico falou com o profeta Moisés no Monte Sinai, “…porém, além da voz, não viste semelhança nenhuma.” (Deuteronônimo 4:12).
É impossível ver a face de Deus e viver (Êxodo 33:20).
O Deus Santo é, literalmente, o Deus separado das imagens, o Deus omnipotente “porque criou todas as coisas”, o Deus omnipresente representado por ser grande e impetuoso, pela convulsão do fogo, pelo terramoto ou furacão para libertação nas aguas do Mar Vermelho.
À Sua presença, Moisés teve de colocar um véu sobre o seu próprio rosto. - Transcendeu a fronteira daquilo que a um homem cabe ver.
Deus não tem principio, não tem fim, sempre existiu, concluem os escritores dos livros que se congregam na Bíblia.
Deus não tem corpo.
É-me impossível falar de Deus sem lhe associar o Seu corpo. Um corpo divino, poderoso e obscuro que se atravessa na minha imaginação, que se agarra ao meu corpo.
quarta-feira, junho 14, 2006
Sensualidade
terça-feira, junho 13, 2006
Bonecos sem assinatura

… Tinha uma personalidade vigorosa e era um homem de múltiplos talentos político, escritor, desenhador, pintor, tradutor.
… Conheci relativamente bem o Dr. Álvaro Cunhal, pois tive vários contactos e longas reuniões com ele, antes e depois do 25 de Abril. … Apesar das profundas diferenças que existiam entre nós, foi possível… chegar-se a um entendimento…
A História avaliará a acção de Álvaro Cunhal…”
(Depoimento de Jorge Sampaio)
Eugénio de Andrade
segunda-feira, junho 12, 2006
Intolerâncias Radicais - 4/4

O desembarque na Normandia - Após meses de preparativos, o grande desembarque na costa da Normandia teve início na madrugada de 6 de Junho de 1944. Apesar da resistência dos alemães, os Aliados conseguiram romper sua linha de defesa. Tropas americanas e da Resistência francesa tomaram Paris em 25 de Agosto. Dias antes, os Aliados também haviam desembarcado na costa mediterrânea. De Gaulle assumiu o governo da França.
Em 20 de Julho de 1944, Claus Schenk, conde de Stauffenberg, perpetrou um atentado contra Hitler, em nome do movimento de resistência, do qual faziam parte vários oficiais. Hitler saiu apenas levemente ferido da explosão de uma bomba em seu quartel-general na Prússia Oriental. A represália não se fez esperar: mais de quatro mil pessoas, membros e simpatizantes da resistência, foram executadas nos meses seguintes.
Embora o desmoronamento do Terceiro Reich fosse incontestável, Hitler ordenou em 25 de Setembro de 1944 a convocação de todos os homens de 16 a 60 anos, pouco depois de seu ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, tornar a proclamar a "guerra total". A virada da situação fez com que pequenos países que haviam se aliado à Alemanha, como a Roménia, abandonassem a guerra ou mudassem de frente.
O fim da guerra na Europa - Enquanto a ofensiva nas Ardenas consumiu as últimas reservas alemãs na frente ocidental, um novo ataque soviético acabou com o que restava das tropas alemãs no Leste. O Exército Vermelho tomou Varsóvia em 17 de Janeiro de 1945 e logo depois isolou a Prússia Oriental do resto do Reich. Em 30 de Janeiro, as tropas soviéticas atingiram o Rio Oder, na actual fronteira entre a Polónia e a Alemanha. Nos meses seguintes, caíram a Silésia, a Prússia Ocidental e a Pomerânia Oriental, Königsberg e Danzig (Gdansk).
A ofensiva dos aliados ocidentais não avançou com tanta rapidez. Vindos da Holanda, os americanos entraram na Alemanha em 23 de Fevereiro, atingindo Colónia em 7 de Março de 1945. No mesmo dia, tomaram a ponte de Remagen, sobre o Reno, a única que não fora destruída. Os ingleses dirigiram-se à região industrial do Ruhr e avançaram depois para o norte, enquanto as tropas americanas rumaram para o sul.
A queda de Berlim e a capitulação - Munique caiu em 30 de Abril, cabendo ao Exército Vermelho a conquista de Berlim, Praga e Viena. O comandante de Berlim capitulou em 2 de maio de 1945. Hitler já havia se suicidado em 30 de Abril num bunker na capital alemã, depois de nomear o almirante von Dönitz seu sucessor como chefe de Estado. Von Dönitz ordenou que o chefe do Estado-Maior, general Alfred Jodl, assinasse a capitulação incondicional em 7 de maio de 1945, no quartel-general dos Aliados, em Reims. A rendição entraria em vigor no dia seguinte, considerado oficialmente a data do final da Guerra. Dois dias depois, o comandante da Wehrmacht, marechal Wilhelm Keitel assinava a capitulação também no quartel-general soviético, em Berlim. Em 5 de Junho de 1945, os quatro comandantes-em-chefe dos aliados anunciaram ter assumido o controle em toda a Alemanha.
A guerra no Pacífico ainda se estendeu até 2 de Setembro de 1945, quando o Japão assinou sua capitulação. Para submeter os japoneses e não prolongar mais ainda a guerra, os americanos atiraram as primeiras bombas nucleares sobre Hiroshima (06/08) e Nagasaki (09/08).
O balanço - A II Guerra deixou um saldo de mais de 30 milhões de mortos. Algumas estimativas vão até 55 milhões. Só na União Soviética, morreram cerca de 20 milhões. O Holocausto custou a vida de 5,2 milhões a 6 milhões de judeus. Na Alemanha, morreram 5,25 milhões; na Polónia, 4,5 milhões; no Japão 1,8 milhão, e na Jugoslávia, 1,7 milhão de pessoas.
Ao final da Segunda Guerra, a Alemanha, a Itália e o Japão deixaram de ser grandes potências. Os Estados Unidos e a nova super potência União Soviética haviam definido a guerra na Europa, que dividiram de fato em duas zonas, conforme seu poderio e sua esfera de influência. No Leste Asiático, dominaram inicialmente os EUA, despontando o declínio da Grã-Bretanha e da França, embora estas constassem entre os vencedores.
Extraído do site DW-WORLD. DE DEUSTSCHE WELLE
domingo, junho 11, 2006
Frouxa Partida

Portugal – Angola foi um jogo fraco.
No primeiro jogo de Portugal do Mundial 2006 a equipa portuguesa ganhou o encontro, vitoriando-se por uma bola a zero, pese embora se tenham esgotado as substituições de jogadores e de terem sido titulares da posse de bola durante o jogo.
Portugal perdeu consistência de jogo logo que marcou o primeiro e único golo da partida.
A segunda parte do jogo caracterizou-se com os portugueses a jogaram sem entusiasmo, incentivando-se essa tendência a partir dos 75 minutos da partida.
Valeu-nos o guardião Ricardo, perante as escassas investidas de Angola.
Fico com a ideia, por aquilo que vi hoje, que não é jogo para se apresentar contra as restantes equipas.
Scolari, o grande general, deve agora estar a ajustar contas com os jogadores pelo frouxo espectáculo que ofereceram ao público.
Íntima persuasão
Dentro de mim... imagino você
Eu me pergunto como serão seus olhos...
Você tem quase os mesmos gostos meus,
Ainda não nos vimos, não nos tocamos,
Quem sabe um dia você venha
Não demore muito! Sabe... a vida não espera,
sábado, junho 10, 2006
Voo, Orgásmico
Deslizo poemas de saliva
Poemas recatados na tua pele sem pecado
Ricardo Kelmer - escritor brasileiro
sexta-feira, junho 09, 2006
Mentes Despertas

PARA ALGUÉM ESPECIAL
Às vezes no meu pensamento você se instala,
Como um pássaro no ninho...
Percorre o meu interior,
acaricia o meu corpo, dança comigo.
Afaga-me os cabelos, os seios, o umbigo
E eu deliro!...
Às vezes no meu pensamento
você se instala como a ostra na concha...
E nele faz eróticos redemoinhos.
Embriaga-me de prazer, de sonhos,
De desejos...
E eu viajo!
Por estradas imensuráveis
e por limitados caminhos
Vamos nós dois, ora pulando,
ora sorrindo como se anunciássemos
as delícias do amor.
E, numa vontade voraz numa ânsia tresloucada,
nos possuímos, nos amamos
Dando voz à madrugada.
Às vezes do meu pensamento você
me escapa como um peixinho ligeiro...
Torno-me só, indolente, desolada.
E nesse momento pungente é que concluo
Que sem você sou vazia, incapaz,...
Sou quase nada...
ARNEYDE T. MARCHESCHI (poetisa brasileira)
quinta-feira, junho 08, 2006
Intolerâncias Radicais - 3/4
No início de 1942, Alemanha e Japão dividiram as zonas de operação, mas não chegou a haver uma intensa cooperação militar entre os dois países. Preferindo subjugar primeiramente a União Soviética, Hitler rechaçou o plano do comandante da Marinha, almirante Erich Raeder, de actuar em conjunto com o Japão e transferir as acções de guerra alemãs para o Mediterrâneo e o Oriente Médio.
Bildunterschrift: O Holocausto - As primeiras ordens para o extermínio dos judeus foram dadas em 31 de Julho de 1941, mas foi durante a Conferência de Wannsee, em 20 de Janeiro de 1942, que assumiram forma concreta os planos da "solução final" (Endlösung): a aniquilação sistemática de todos os judeus nos países sob o domínio nazista.
Nos meses seguintes, começou o genocídio dos judeus nos campos de concentração e extermínio de Auschwitz, Treblinka, Belzec, Sobibor, Chelmno e Maidanek. Os que não morreram de doenças e subnutrição nos trabalhos forçados, não escaparam das câmaras de gás. Fuzilamentos em massa, geralmente executados pelas SS, também foram frequentes, principalmente na Europa Oriental. O genocídio custou a vida de 5,2 milhões a 6 milhões de judeus, a maioria poloneses.
A guerra por mar - No mar, os submarinos alemães causavam graves perdas aos inimigos e às nações que os apoiaram, atacando e afundando até navios da Marinha Mercante Brasileira. De Janeiro a Julho de 1942, a Marinha de guerra alemã afundou navios aliados com um total de 2,9 milhões de toneladas. Sobre as águas, porém, as batalhas praticamente terminaram para os alemães com o afundamento do navio de guerra Bismarck, em 27 de Maio de 1941. Por outro lado, desde Março de 1942 aumentaram os ataques aéreos britânicos contra cidades alemãs .
A capitulação na África - A mudança decisiva no cenário de guerra europeu e africano começou no final de 1942, com a grande ofensiva do general britânico Bernard Montgomery contra Rommel na África que, em etapas, foi se deslocando para o oeste. A seguir, tropas americanas e britânicas aterraram em Marrocos e na Argélia, sob o comando de Dwight Eisenhower, com o que os Aliados escolheram a região do Mediterrâneo para uma guerra de desgaste em grande estilo.
Na conferência de Casablanca, em 24 de Janeiro de 1943, Roosevelt e Churchill anunciaram como objectivo de guerra a "capitulação incondicional" da Alemanha, Itália e do Japão. Decidiu-se ainda fortalecer os bombardeios contra a Alemanha, dos quais também passou a participar a Força Aérea americana. A capitulação do que restou do exército de Rommel e das tropas italianas na África deu-se em 13 de maio de 1945.
A ofensiva soviética - Na frente Leste, uma grande ofensiva soviética no final de 1942 acabou cercando o 6º Exército alemão entre os rios Volga e Don. Embora Hitler proibisse tanto a capitulação como a retirada, o marechal Friedrich Paulus entregou-se, com parte das tropas, em 31 de Janeiro de 1943. Stalingrado foi o começo do fim para Hitler. A notícia de que os Aliados haviam desembarcado na Sicília, em 10 de Julho de 1943, fez com que Hitler interrompesse os combates no Cáucaso para concentrar forças na Itália. A partir de então, a União Soviética passou a ditar os acontecimentos na frente Leste.
Após um último aumento da capacidade destrutiva dos submarinos alemães até Março de 1943, os ingleses conseguiram decifrar o código alemão de radiocomunicação. As perdas foram tão elevadas, que o comandante da Marinha de guerra alemã, almirante Karl von Dönitz, suspendeu, em maio, o combate aos comboios aliados no Atlântico.
A queda da Itália - O desembarque dos Aliados na Sicília encontrou pouca resistência italiana. Uma moção de desconfiança contra Mussolini culminou com sua prisão, em 25 de Julho de 1943. O governo nomeado pelo rei Victor Emanuel III assinou um armistício com os Aliados, que desembarcaram no sul da Itália em Setembro. As tropas alemãs, por sua vez, ocuparam Roma em 10 de Setembro e começaram a desarmar as tropas italianas. Mussolini foi libertado por um comando alemão de pára-quedistas e passou a chefiar uma república social Italiana, fascista e dependente da Alemanha. A grande ofensiva aliada, contudo, só teve início em 12 de maio de 1944. No mês seguinte, as tropas alemãs deixaram Roma, concentrando-se no norte.
Em 3 de Janeiro de 1944, o Exército Vermelho ultrapassou a fronteira soviético-polonesa de 1939. Em 22 de Junho deste ano, quando se completavam três anos da invasão alemã, Estaline ordenou também uma grande ofensiva contra as divisões alemãs concentradas no centro. Como Hitler insistisse em manter a linha da frente, em poucos dias os soviéticos conseguiram rompê-la, desgastando as 38 divisões alemãs. Com isso, os soviéticos chegaram até o leste de Varsóvia e cortaram as vias de abastecimento das tropas alemãs nos países bálticos.
A ofensiva aérea dos Aliados ganhou grande força a partir do verão de 1943. Bombardeios britânicos causaram graves danos a cidades alemãs, entre as quais Hamburgo e Berlim. No ano seguinte, o alvo foram as refinarias, o que levou a uma queda fatal da produção de combustível.
Extraído do site DW-WORLD. DE DEUSTSCHE WELLE
quarta-feira, junho 07, 2006
Energia Solar

Finalmente, o primeiro passo!
A maior central de energia solar do mundo foi lançada, ontem, em Serpa, no Alentejo.
A central que estará concluída em Janeiro do próximo ano irá produzir energia para abastecer oito mil lares o que permitirá reduzir cerca de 30 mil toneladas de emissão de dióxido de carbono por ano.
Terá 52 mil painéis foto voltaicos numa área de 32 hectares e ficará com uma capacidade instalada de onze mega watts (MW).
Este é o primeiro passo para a instalação de uma outra central que se prevê venha a ser criada a partir de Dezembro de 2007 no concelho vizinho de Moura.
Até que enfim!
Ficam assim os Alentejanos e todos nós portugueses de parabéns.
Aos legisladores um forte aplauso.
terça-feira, junho 06, 2006
Até sempre, Raul Indipwo
Sophia de Mello Breyner
segunda-feira, junho 05, 2006
domingo, junho 04, 2006
Sintonias
Em Órbita
Leila Míccolis
(poetisa brasileira)
sábado, junho 03, 2006
"porque hoje é Sábado"

…sardinhada, carapausada, salada, cervejada, etc. Foi uma fartura, no quintal dos meus Cunhados.
Pena que a minha Cunhada não pôde estar presente por razões profissionais, de resto foi um dia muito bem passado junto da minha querida mulher dos meus filhos, sogro, sobrinhos, sobrinhas, cunhado e amigos. Amigos que, como dizia meu avô, devemos ter como os livros: “poucos mas escolhidos”.
Muito obrigado a todos.
sexta-feira, junho 02, 2006
Intolerâncias Radicais - 2/4

Hitler não se contentou em anexar a Áustria e os Sudetos (em Março e Setembro de 1938, respectivamente). Com a intenção de dominar a Europa, previu a guerra desde o início. Depois de desmembrar a Checoslováquia, ordenou a invasão da Polónia, em 1º de Setembro de 1939. O Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha dois dias depois, cumprindo o acordo de defesa da Polónia. Deflagrara-se, assim, a Segunda Guerra Mundial, que se estendeu até 1945 e devastou grande parte da Europa.
Estaline, que recusava uma aliança com a França e o Reino Unido, assinara um pacto de não-agressão com a Alemanha em 23 de Agosto de 1939. Hitler fez um jogo militar ousado com seus adversários. Sabendo que a vantagem alemã no armamento não se manteria por muito tempo e que somente uma rápida sequência de campanhas militares poderia evitar um fracasso semelhante ao da Primeira Guerra Mundial, criou o conceito do blitzkrieg. Danzig (Gdansk), a Prússia Ocidental e algumas regiões que sempre pertenceram à Polónia foram anexadas ao Deutsches Reich, após a capitulação daquele país em final de Setembro. Os judeus poloneses foram amontoados em guetos, como o de Varsóvia.
Depois da Polónia, a França - Super estimando o poderio militar alemão nesse momento, o Reino Unido e a França permaneceram na defensiva. Como os adversários não reconhecessem suas anexações no Leste, Hitler iniciou uma campanha em 10 de Maio de 1940, invadindo a França depois de ferir a neutralidade da Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Paris foi ocupada pelas tropas alemãs em 14 de Junho de 1940.
Embora Winston Churchill propusesse uma união entre o Reino Unido e a França e o prosseguimento da resistência francesa a partir do norte da África, a maioria do gabinete francês decidiu-se por um armistício. Este foi assinado em 22 de Junho pelo marechal Philippe Pétain, que dias depois transferiu seu governo para Vichy, no sul da França. Seu regime cooperou com o nazismo. O general Charles de Gaulle, que se refugiara em Londres, anunciou a continuidade da resistência.
Países e regiões ocupados foram colocados sob comando militar alemão; Luxemburgo e a Alsácia Lorena, anexados. Ao mesmo tempo, falharam tentativas alemãs de preparar um desembarque na Grã-Bretanha e de enfraquecer o adversário através de uma ofensiva aérea. Nesse meio tempo, os Estados Unidos passaram a apoiar cada vez mais o Reino Unido.
África, Balcãs e Grécia - No final de 1940, o exército britânico iniciou uma ofensiva contra as forças italianas no norte da África. Hitler atendeu a um pedido de Mussolini, enviando uma esquadra à Sicília e, em Fevereiro de 1941, uma divisão à Líbia integrando o Afrika-Korps, sob o comando do marechal Erwin Rommel.
Após o fracasso do ataque italiano à Grécia, iniciado em 28 de Outubro de 1940, Hitler preparou uma ofensiva de apoio, procurando incluir a Hungria, Roménia, Bulgária e os países dos Balcãs na Tríplice Aliança, o pacto estabelecido com a Itália e o Japão em 27 de Setembro de 1940. As tropas alemãs esbarraram em resistência na Jugoslávia e, depois de tomar Belgrado em 17 de Abril de 1941, venceram o Exército grego e entraram em Atenas dez dias depois.
Os preparativos para a campanha contra a União Soviética haviam sido iniciados em Julho de 1940. Até meados de 1941, mais de três milhões de soldados alemães haviam avançado na região entre o Mar Báltico e o Mar Negro, bem como na Finlândia. Além de objectivos militares, Hitler queria aplicar seu programa racial. Convicto da superioridade da raça ariana, ele ordenou a partir de 1941 a aniquilação da liderança comunista, o extermínio sistemático dos judeus e a dizimação da população eslava. Um plano geral para o Leste, elaborado pela cúpula da SS, previa a expulsão e o traslado de milhões de eslavos e uma paulatina germanização da Europa Oriental.
O governo soviético não ultimou grandes preparativos de guerra, apesar das advertências. Estaline não acreditava que Hitler atacasse a Rússia antes de encerrar a campanha na frente ocidental. Em vão, Estaline tentou entender-se com Hitler, a fim de ganhar tempo para armar o Exército Vermelho e mobilizar de 10 a 12 milhões de reservistas.
A expansão da guerra - Em 22 de Junho de 1941, a Alemanha e seus aliados europeus atacaram a União Soviética. Hitler pensava debilitar o Exército Vermelho em pouco tempo e depois transferir a maior parte dos tanques para as campanhas seguintes. A combatividade do Exército Vermelho e sua superioridade numérica levaram o ataque alemão rumo a Moscovo ao fracasso. A contra-ofensiva soviética no duro Inverno de 1941/42 causou muitas baixas ao Exército alemão. Hitler, que ordenara "não se perder uma polegada" de solo conquistado e uma "resistência fanática", assumiu pessoalmente o comando militar.
O ataque à União Soviética levou à formação da "coalizão anti-Hitler", que até então fracassara pelo conflito de interesses. Em 12 de Julho de 1941, o Reino Unido e a União Soviética assinaram um tratado de ajuda mútua. No mês seguinte, um ataque conjunto dos dois países ao Irão abriu caminho para o envio de material de apoio logístico à União Soviética.
O agravamento do conflito entre os Estados Unidos e o Japão fez com que os combates se voltassem também para o Ocidente. Depois que os japoneses ocuparam o sul da Indochina, Roosevelt determinou um embargo de petróleo, que afectou profundamente a economia japonesa. Em 1º de Dezembro de 1941, o Japão declarou guerra aos Estados Unidos e ao Reino Unido e, em 7 de Dezembro, atacou Pearl Harbor. Estabeleceram-se assim as frentes de guerra: o eixo Berlim-Roma-Tóquio contra a coalizão anti-Hitler. O Japão e a União Soviética, contudo, mantiveram o acordo de neutralidade assinado em Abril de 1941.”
Extraído do site DW-WORLD. DE DEUSTSCHE WELLE
quinta-feira, junho 01, 2006
Criança
Fernando Pessoa
“futuro escritor e poeta aos 14 anos de idade”
(Extraído da Revista EGOISTA de Dezembro de 2004)