quinta-feira, agosto 10, 2006

A Guerra Israel/Líbano na Base das Lajes


Não compreendi nada… depois de ter lido ontem no Diário Digital a seguinte notícia:

“Um avião militar cargueiro de Israel, transportando «material bélico não ofensivo», fez uma escala na base militar das Lajes, nos Açores, na semana passada, disse esta terça-feira à agência Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A notícia da utilização da base das Lajes por aviões israelitas foi dada hoje pela Antena 1, que já mencionava o transporte de «material bélico não ofensivo». Fonte oficial do Ministério afirmou à Lusa que se tratou de apenas um voo, na semana passada, e que o Governo português foi previamente informado. Ao abrigo dos acordos internacionais, explicou a mesma fonte, qualquer aterragem ou escala de aviões tem que ser autorizada pelas autoridades portuguesas. Em situações de conflito, como acontece agora no Líbano, entre Israel e a milícia xiita Hezbollah, «há uma atenção especial» quanto à autorização de escalas e voos, acrescentou a mesma fonte. Depois do pedido, o embaixador de Israel em Lisboa, Aarin Ram, foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros português, e informou tratar-se de um voo de cargueiro militar israelita transportando «material bélico não ofensivo».
«Foi autorizado apenas um avião e foi dada apenas uma autorização», afirmou a mesma fonte.”
Li, reli e voltei a ler a citada notícia. Pensei e voltei a pensar no seu conteúdo. - Não percebi absolutamente nada…!

Se é tudo tão normal e natural, porque será que tenha sido autorizado apenas um avião?!!

Será que vou ficar esclarecido, depois de vir a público a explicação que o governo português vai prestar à Assembleia da Republica nos próximos dias a propósito deste assunto, que o facto da carga ser "material bélico não ofensivo" já não tem a importancia que os Midia lhe está a dar?!!!

2 comentários:

terramarefogo disse...

A ênfase que é dada, no artigo, ao facto de «material bélico não ofensivo» faz-me rir.

Só de pensar que um par de botas é considerado material de guerra põe-me a pensar o que sentirá alguém que apanhe com um valente pontapé.

Parabéns pelo seu blog

Macillum disse...

Os E.U.A. ajudaram a criar Israel. Os E.U.A. apoiam Israel.
Os E.U.A. subjugam Portugal.
Israel usa Portugal.
Os E.U.A., quando a guerra começar a sério no Médio Oriente - envolvendo, directamente, o Líbano, a Síria, a Palestina e o Irão - vão reclamar outras partes do território português, uma vez que a Base das Lajes será pequena demais para responder à imensa logística que será necessário para sustentar tal guerra.
Não é por acaso que a população portuguesa está a enfrentar um sério envelhicimento, encerramento de maternidades, alta taxa de emigração devido ao crescente abismo entre os salários e o custo de vida... quando os E.U.A., literalmente, invadirem o território português, não haverão muitos portugueses para fazer frente a tal movimento: os que restarem estarão na quase completa depressão, sem forças para fazer seja o que fôr contra esta invasão (esta inércia contra as medidas e leis erguidas pelos últimos governos portugueses é um belo exemplo disso).
"Material bélico não ofensivo" é uma frase que se contradiz a si mesma, servindo para lançar areia nos olhos daqueles que não querem ver o que realmente se está a passar: se é "material bélico" como é que pode ser "não-ofensivo"? Estes senhores continuam a brincar com a inteligência alheia...